Guerra da Independência

A ocupação de Istambul pelos Aliados e de Esrmina pelos gregos, com o apoio tácito dos restantes Aliados, despoletou a criação doMovimento Nacional Turco, criado em 19 de maio de 1919 sob a liderança de Mustafa Kemal. O movimento opunha-se à divisão e ocupação do país e a sua fundação é geralmente apontada como o primeiro evento da Guerra de independência turca.
Desde o início de 1920, a situação no país ficou muito confusa, com o sultão e o governo em Istambul praticamente reféns dos ocupantes, parte do território ocupado por forças estrangeiras e outra parte controlada pelos nacionalistas, que fizeram de Ancara o seu quartel-general e onde se reuniu pela primeira vez a 23 de abril de 1920 Grande Assembleia Nacional da Turquia, o parlamento turco. A 10 de agosto de 1920 o vizir Ferid Paşa assina o 
Aos confrontos políticos somaram-se os militares, um pouco por toda a parte e envolvendo todos os lados, embora em diferentes graus. A nordeste travou-se a Guerra Turco-Armênia, que terminou em dezembro de 1920 com os tratados de Alexandropol e de Kars. A Guerra Franco-Turca teve como palco o sudeste e sul — aí as hostilidades terminam em março de 1921, com a assinatura do Tratado de Paz da Cilícia e, posteriormente, do Tratado de Ancara, em outubro.

Os combates mais sangrentos deram-se entre os nacionalistas e as forças gregas (Guerra Greco-Turca), as quais chegaram a ter o controlo de grande parte da Anatólia a oeste e sudoeste de Ancara, e chegaram a ameaçar a ocupação desta cidade, quartel-general dos nacionalistas. A guerra com os gregos atingiu o impasse em setembro de 1921 com a vitória dos nacionalistas na sangrenta batalha de Batalha de Sakarya, que decorreu a cerca de 80 km a sudoeste de Ancara. No verão de 1922 os nacionalistas turcos empreenderam uma ofensiva contra as forças gregas que culminou na tomada de Esmirna, que marcou a derrota definitiva dos gregos e ficou tristemente célebre pelas pilhagens, massacres e pelo grande incêndio que devastou a cidade.
A paz foi alcançada com o Armistício de Mudanya, assinado por todas as partes a 11 de outubro de 1922. A 24 de julho de 1923 foi assinado o Tratado de Lausana, onde se reconhecia formalmente o governo dos nacionalistas Ancara como sucessor do poder otomano e se definiam as fronteiras da Turquia.
O fim da guerra ficou ainda marcado pela primeira transferência populacional compulsória em larga escala do século XX, que envolveu atroca entre os cidadãos cristãos da Turquia (na sua maioria gregos ortodoxos) e os muçulmanos da Grécia, acordada em convesações paralelas às que desembocaram no Tratado de Lausana. As deportações em massa e fugas de populações gregas da Anatólia e de turcas da Grécia já tinham começado antes da Primeira Guerra Mundial e intensificaram-e durante a Guerra Greco-Turca. Calcula-se que cerca de 2 milhões de pessoas foram deslocadas das suas terras ancestrais — um milhão e meio de gregos e turcos cristãos da Anatólia e meio milhão de turcos e gregos muçulmanos da Grécia. Os cristãos de Istambul foram poupados à expulsão, embora muitos deles tenham optado por também emigrar. No entanto, as leis discriminatórias das décadas de 1930[40] e 1942 e os incidentes violentos contra a comunidade grega de Istambul de 1955 provocou a diminuição drástica do número de gregos nessa cidade, que passou de200 000 em 1924 para pouco mais de 2 500 em 2006.